31 julho 2007

JOGOS

Entenda de uma vez por todas: eu não agüento mais fingir que não te quero. Cansei de fazer o seu jogo. De fingir que não estou nem aí. De me segurar cada vez que tenho vontade de te ligar pra falar de nada. De fingir que não te vejo toda vez que a gente se encontra por aí sem querer. Quer saber a verdade? Eu gosto de você. E, por mais que doa em mim admitir isso, acho que passou da hora de eu te dizer.

Assumo: não sei jogar. Sempre que tento, perco. Sempre que jogo, me jogo. Arrisco. Não sei falar frases pela metade. Não sei gostar pela metade. Não sei estar com alguém pela metade. E muito menos vou aceitar suas metades. Cansei de ser a sua segunda opção. De ser o seu refúgio da madrugada. Cansei de ser a carinha bonitinha que você encontra de madrugada e jura amor eterno.

Posso repetir quantas vezes for preciso pra você entender: suas palavras não valem nada. É sua atitude que conta. Se amar for isso, então, vá amar outra mulher. Vá fazer outra de trouxa. Vá jurar amor eterno numa noite e ser visto com outra mulher no dia seguinte. Sinceramente, não entendo.

Se me ama, me prove. Coloque seu coração à prova. Porque eu cansei de colocar o meu. Cansei de dar a alma pra bater. Cansei de esperar por seus telefonemas. De esperar por você. De acreditar em você. Você diz que me ama mas nem ao menos me conhece. O que você sabe sobre mim? Meu nome? Meu sobrenome? Que eu gosto de chocolate? Que eu gosto de música eletrônica e de Madonna? Pouco. Você não me conhece. Não conhece meus sonhos. Não esteve no meu passado e é muito provável que não esteja no meu futuro.

Sabe de uma coisa? Eu mentia pra você quando me mostrava apenas como um corpinho legal. Tudo mentira. Aqui neste corpo, meu bem, tem uma cidadã completa. A mesma cidadã que te abraça e faz carinho no seu cabelo enquanto você dorme. A mesma cidadã que esquenta seu corpo nas madrugadas quando seu celular só precisa discar um número. A mesma cidadã que te atende prontamente de manhã, de tarde e de noite. A mesma cidadã que responde todas as suas mensagens sexta-feira à noite enquanto espera, de você, um convite seu pra sair. A mesma cidadã que finge o tempo todo pra você que não te quer só pra fazer o seu jogo de não-querer. A mesma cidadã que se deixou levar pelo seu papo mole e agora percebe que o mais mole é você. A mesma cidadã que banca a durona do seu lado. A mesma cidadã que nunca vai jogar com você.

Queria fazer o seu jogo, só pra ver você perder.

14 julho 2007

VIVA E DEIXE MORRER

Meu último final de relacionamento não foi lá muito agradável. Fiquei mal. Chorei. Fui ao fundo do poço. Mas voltei. Mais forte. Com mais vontade de começar tudo de novo. E o melhor disso foi que aprendi. Aprendi que existem duas formas de você sair de uma grande merda feita: ou você liga o foda-se ou quem se fode é você. Então eu resolvi ligar o foda-se.

Descobri que nada pode ser tão ruim quanto parece. E que a gente costuma ver nossos problemas como os piores grandes acontecimentos do mundo. Mas não são. Seu último namorado não é a última bolacha do pacote. Acredite em mim. Não é. Mas só o tempo mesmo pra fazer a gente enxergar isso. Não adianta sua melhor amiga falar. Ou sua mãe. Muito menos eu.

Você não vai achar outro cara igual ao seu ex-namorado. Ninguém vai te olhar com aquela carinha fofa e aqueles olhinhos pequenininhos que ele tinha. Ninguém vai segurar seu pé do jeito que seu ex-namorado segurava. Ninguém vai te chamar por aquele apelido que ele inventou pra você. Você não vai achar outro cara como ele. Mas você vai achar um cara que te trata como uma princesa. Vai achar um cara que te faz rir das coisas bobas que ele fala. Vai achar um cara que te amolece com o jeito que ele encosta o nariz dele no seu. Existem milhares de cidadãos bacanas por aí. E esse cidadão pode não ter a boquinha rosinha que você adorava mas vai ter um narizinho em pé que você vai adorar também. Ele pode não ter um calo abdominal pra você implicar mas vai ter aquele pé branco-de-dar-medo que vai te matar de rir.

É assim. Ninguém faz igual a ninguém. Mas alguém pode fazer melhor. Alguém pode fazer diferente e você vai gostar também. As pessoas chegam na sua vida, as pessoas vão embora. É assim que funciona. Final de namoro? Ótimo. Ao invés de ficar deitada na sua cama, chorando, coloque a sua melhor roupa, seu salto mais alto e seu melhor sorriso. A boa notícia é que tem outro cara tão bacana quanto aquele último perdido por aí. E que está cheio de caras bacanas fora da sua cama doidos pra estar nela.

Pra isso serviu meu estágio na vida de solteiro. Pra eu ver que existe um mundo de possibilidades aí fora. Que a gente cai pra aprender a se levantar (isso eu aprendi no último filme do Batman). Que, se alguém não quer estar com você, mande esse alguenzinho de merda pastar! Ele pode ser lindo, cheiroso, gostoso, charmoso e um monte de outros “osos”. Se ele não te quer, ele não tem o primeiro quesito da lista.

Meus amigos dizem que sou fria. Que tenho coração de gelo. De jeito nenhum! Sou apenas prática. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. Até porque nunca tive talento pra auto-flagelação. Fui mimada a vida inteira. Por isso gosto de ser bem tratada. Exijo. Comigo, é do meu jeito (my way or the highway). E se não tiver bom assim, querido, passe mais tarde! O produto é de boa qualidade e tem garantia. Não gostou? Devolve. Tem uma fila gigante lá fora só esperando a porta abrir.


<><><><><><><><><>


Queridos, agradeço todos os infinitos e-mails que tenho recebido pedindo cadastro no blog. Só no primeiro dia, foram quase 50! E quase morri do coração. Depois, parei de contar com medo de infartar. Meu coração é fraco, apesar de eu tentar bancar a durona.
Estou respondendo todos os e-mails um por um, mas realmente ainda não sei qual o destino do blog. Estou avaliando as sugestões que tenho recebido.
Amo vocês! Dá vontade de postar cada e-mail lindo aqui!!!
Obrigada demais!
Beijo